terça-feira, 10 de abril de 2018

A CAVERNA

Fonte: google imagem

...
Sobre mim, a Realidade,
Peso da existência sem sentido e vã,
Se desfaz na cortina que se abre ao sol,
E o brilho mortal, que a verdade revela,
Apaga as sombras, cessam-se os ecos.

A ti, útero divino,
Morada doce,
Escuridão que acalma,
Acolhe-me em ti.

Nos elos firmes de teus braços fortes
Quero estar firme e seguro, 
De onde nada poderá me arrebatar.
Deixe-me, voz da razão, quero contemplar.

Tão perto, tão alvo, curto e certo meu porvir. 

AURISMAR QUEIROZ

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