IMAGEM ILUSTRATIVA - FONTE: Google Imagem
AUTORA:
Elzir Vitória Santos da Silva
EEEM WALKISE DA SILVEIRA VIANNA
ENSINO MÉDIO TARDE - TURMA: M1TR02/2022
Ninguém naquela ilha estava entendendo o que acontecera. A agitação era total. Ouvira-se disparos e gritos. Ana Fernanda acordara atordoada e ficou enlouquecida com a cena que viu.
_ Meu deus do céu! O que é isso?! exclamou ela.
Aquela fora a primeira aparição do tão amedrontador monstro, que aterrorizava nossa ilha. Isso já faz muitos anos, e, desde a sua aparição, todos os moradores da ilha morrem de medo de sair de suas casas. Muitas vezes mais ele reapareceu, sempre no mesmo período do ano, sempre trazendo muito terror para a vila. Porém, já fazia dez anos que ele não era visto. Mas, as pessoas não gostavam muito de falar sobre ele não.
Chamo-me Ari, sou um pouco teimosa, posso assim dizer, nunca engoli essa história de monstro. Como assim, viram ele só há dez anos? Por que ele estivera aqui? Como ele viera parar aqui, nessa ilha? São tantas perguntas, mas sem nenhuma resposta. Além do mais, não falam nada a respeito do monstro. Já estão velhos, só sobrou a dona Ana que já não fala nada por conta da idade.
Já havia marcado pela quinta vez no meu caderninho, ou seja, essa seria a sexta vez que tentava ver esse "monstro". Mas, dessa vez, eu tinha certeza que ia dar certo. Já tinha bolado um plano para fugir da minha mãe.
Os moradores viviam normalmente durante todo o ano, até setembro, que era o período que o monstro aparecia. Nesse tempo, ninguém saía de suas casas, menos eu, né? "Vou sair e ver o tal monstro".
Já era noite, eu saí de casa, todos da vila apagaram suas luzes. Tinha que sair sem que minha mãe percebesse. Passei pela cozinha pisando em ovos, trisquei na maçaneta dá para o lado de fora. Mas, de repente:
_ Aonde vai, Ari? _ minha mãe perguntou_ soltei um palavrão.
_ Mãe!_ disse com uma expressão de susto.
_Aonde está indo? _ perguntou novamente.
_ Annn... estou indo tomar um ar fresco, não estou me sentindo muito bem. _ digo sem deixar transparecer meu verdadeiro objetivo.
_ Vou buscar um remédio para você, tá bom? Fique aqui dentro! Lá fora é perigoso, filha! - diz ela com um tom de preocupação na sua voz.
_ Tá bom, mãe. _ falo, mas sem nenhuma intenção de obedecê-la.
Logo após ela sair da cozinha, com pressa indo buscar o remédio para mim, aproveitei e saí sentindo o vento no meu rosto. Mas, logo comecei a correi antes que mamãe chegasse.
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_ Você demorou, querida.
_Espera aí, que voz é essa? _ pensei.
Com minha curiosidade, aproximei-me de onde vinha a misteriosa voz. Ao chegar bem perto, o que vejo me causa espanto e não seguro a indagação:
_ Que merda! O que essa velha está fazendo aqui? _ Perguntei a mim mesma, só não sabia que ia sair tão alto.
Vi dona Ana se assustar quando me aproximei dela.
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_ O que faz aqui? _ Ela perguntou.
_ Oxi! A senhora fala, calma, o mostro! _ falei totalmente confusa.
_ Querida, vou te explicar, ela é minha filha! Sim, é estranho, mas é a verdade. Vou te contar tudo o que aconteceu: Há dez anos, minha filha tinha ido à Ilha Proibida por curiosidade. Porém, acabou sendo infectada e começou a se transformar numa guardiã da ilha, uma criatura horrível. Assustada, saiu e voltou para casa. Mas, ao chegar aqui a transformação já estava concluída assustando os moradores. Eu, preocupada com minha filha, saí de casa para procurá-la. Porém, quando cheguei à costa, vi um monstro. No entanto, havia algo familiar nele. Olhando para uma das patas dele, vi o pingente de minha filha, reconheci que era ela. Dessa forma, eu a tirei da costa e a levei para um lugar mais calmo, sem desespero. Até hoje, ela tem que proteger a ilha, mas todo mês de setembro ela vem aqui para esse lugar.
_ Então ela é a sua filha?! Caraca! Mas ela parece ser tão monstruosa! - falei.
_ Eu sei, mas ainda continua sendo a minha filha. _ falou com convicção.
_ Entendo. _ respondi.
Em seguida, o monstro entrou na água e saiu nadando.
_ Ok, respondi.
Ficamos ali, por alguns segundos em silêncio. Então digo de repente:
_ Meu Deus, tenho que ir para casa! Minha mão está me esperando!
Saí correndo para casa e pensando: "então dona Ana fala que o monstro é filha dela, meu Deus, tô é ficando louca!".
Ao chegar em casa, vi minha mãe esperando por mim na porta.
_ Pronto, agora vem bronca, pensei, e fui logo me explicando, _ Ah, mãe, saí só um pouquinho.
_ Filha, o monstro pode estar em qualquer lugar, entre, entre!
_ Tá bom, mãe. _ falei entrando em casa _ "mais uma aventura para pôr no meu diário", pensei.
Deitei-me na minha cama e comecei a dormir entrando em meus pensamentos novamente.
_ Será que quando eu acordar amanhã, tudo terá sido um sonho? Não sei, mas se for um sonho mesmo, amarei dormir novamente apenas para ter mais aventuras como essa.
E assim dormi com os pensamentos altos como as nuvens.
FIM.
Caraca 😨, muito bom 👏👏👏👏👏
ResponderExcluirToooop!!!
ResponderExcluirParabéns para Elzir que soube desenvolver a proposta muito bem.
ResponderExcluirPerfeitoooo!!!
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