sexta-feira, 30 de março de 2018

Noites Quentes – Capítulo 3 _ Anjo ou demônio?

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Marcela era natural do Goiás, nascera em uma cidadezinha exprimida entre a rodovia e a beira cortada de uma serra. Os pais, Reginaldo e Márcia, tinham um sitiozinho onde criavam porcos, galinhas e cultivavam uma horta. O que era produzido no sítio não era muito, mas o suficiente para sobreviverem naquele lugarzinho sem muitas perspectivas de crescimento.
Ela era a irmã mais velha de uma prole de quatro irmãs, por isso fora obrigada desde cedo a aprender dar banho nas irmãzinhas, coisa que ela fazia com um misto de revolta e prazer. Além disso, tinha que fazer comida, arrumar a casa e ajudar as pequenas nas tarefas da escola. O pai e a mãe passavam o dia mexendo numa coisa e noutra. Os únicos prazeres que tinham era aquele proporcionado pelo corpo cansado do parceiro, à noite, na cama, que ficava no quarto ao lado do quarto das meninas.
A intimidade dos pais podia ser observada por uma fresta na parede de madeira que Marcela disfarçava pendurando roupas em um prego. A curiosidade pueril em saber o motivo dos gemidos da mãe progrediu para um voyeurismo obsessivo. Sua atenção voltou-se desde cedo para o corpo da mãe, que, apesar das quatro gestações, mantinha-se firme. Os seios fartos e a vulva encoberta por pelos fascinavam a garota prepurbere, que sonhava com as transformações pelas quais seu corpo passaria. Achava o pai feio. Vermelho demais em algumas partes do corpo gordo e branco demais em outras. O abdômen muito distendido lembrava a mãe grávida de muitos meses.
Quando os pais finalmente apagavam as luzes do quarto, ela ia deitar-se. Dividia a cama com Alice, a menorzinha de dois anos por quem desenvolvera uma preferência materna. Queria ter filhos, mas a ideia de ter um homem barrigudo e vermelho ao seu lado na cama, não a agradava muito. Queria ser como sua mãe, bonita, alta, magra, com seios grandes e muitos pelos na... Adormecia com esses pensamentos e tinha muitos sonhos com mulheres bonitas se despindo enquanto ela observava. Mulheres com seios de todos os tamanhos, pequeninos, médios, grandes como os da mãe. Ao acordar, lamentava-se por não ter a presença de outras mulheres mais velhas na casa para ela poder observar, comparar com a mãe. As irmãs eram todas iguais a ela. Se tivesse ao menos uma irmã mais velha, uma prima!
Foi no verão de 2007 que seu desejo se realizou. Ester, filha de um irmão de seu pai, que morava no Pará, foi passar as férias de julho no sítio do tio. Era moça já formada. A blusa decotada, deixando a mostra metade dos seios protegidos por um sutiã vermelho, não chamou a atenção apenas dos olhos do tio, que disfarçava a observação perguntando notícias sobre o irmão. Marcela mantinha os olhos fixo de curiosidade, sem nenhum disfarce. A prima, percebendo os olhares de ambos, disse com ar brincalhão abraçando a menina:
_ Eu já tive essa mesma curiosidade. Um dia você também vai ter isso, disse apalpando os seios com as mãos.
A menina sorrio alegre. O tio pigarreou e saiu ajeitando o chapéu na cabeça e dando ordens.
_ Marcela, ajeita tua prima lá na cama ao lado da sua. As outras meninas vão ter que dormir jutas numa cama.
Marcela quase delirou quando viu a prima se despindo no quarto para tomar um banho. Seus olhos exploraram o corpo inteiro. Estranhou a ausência de pelos como a mãe.
_ Você não tem! Deixou escapulir a exclamação.
A prima fechou a cara misturando com riso.
_ Não tenho o que, menina!
Tímida, a menina apontou para as genitálias de Ester.
_ Ai, igual a mãe.
Ester riu. Aproximou-se da menina.
_ Me dá aqui sua mão. Veja. Sentiu? Eu tenho, só que eu depilo, entendeu?
_ Por quê?     
Ester enrolou-se na toalha, enquanto explicava as questões higiênicas da depilação.
_ Deixa eu pegar de novo!
_ Não, meu amor, não pode ficar pegando. Foi só para te mostrar como é. Cuida, vai olhar tua irmãzinha, deixa eu tomar meu banho.
À noite, quando a prima dormiu profundamente, vencida pelo cansaço da viagem, Marcela pode matar outras curiosidades sobre o corpo da prima.
A companhia da prima foi muito agradável e mudou um pouco a rotina no sítio. Ela ajudava Marcela a cuidar da casa, das meninas. Passeavam pelo sítio e tomavam banho no açude. O lugar passou a ser visitado pelos vizinhos que vinham conhecer a sobrinha do compadre. Os rapazes vinham em companhia. Conversavam na porta da casa até as nove ou dez horas quando se despediam e iam para suas casas.  Marcela estava sempre grudada em Ester, esqueceu um pouco a irmãzinha. Sentia algo estranho quando a via afastando-se com algum rapaz para se despedir na hora de ir embora. Não era de bom grado quando a prima dizia:
_ Meu amor, vai lá no quarto ver se tua irmãzinha está bem. Acho que deixei a janela aberta, vai olhar.
Marcela sabia que era apenas um pretexto para ela sair de perto. Saia meio zangada e deitava-se virada para o lado oposto da cama de Ester. Quando ela voltava, muitas vezes, a garota já havia dormido remoendo-se com seus sentimentos estranhos. Porém, quando estava acordada que ouvia a porta se abrindo todo o pesar de seu coraçãozinho se dissipava. A prima dizia:
_ Ainda acordada, meu amor? Vai dormir, menina. Dava-lhe um beijinho no rosto acompanhado de uma boa noite.
   Nesses momentos sua alma se inundava de alegria. Sentia-se tão leve. Tão alegre e feliz. Era como se a cama de repente começasse a flutuar em um rio de águas bem tranquilas. Ela podia até ouvir o barulho das pequenas correntezas. E o rio descendo, descendo, e ela flutuando, flutuando...
Quando a prima foi embora, foi um desconsolo. A menina entrou mesmo em depressão. Os pais acharam que fosse alguma doença. Levaram-na a um hospital da cidade próxima, no entanto o médico nada descobriu.
_ Isso é coisa da idade, mesmo. Vai ver é uma paixonite por algum garoto da escola. Converse com ela, mãe.
A mãe prometeu-lhe umas lapadas se inventasse de namorar naquela idade.
_ Onde é que já se viu? Fazer a gente gastar dinheiro por causa de bobagem! Era só o que me faltava!
A menina se retraiu. Resignou-se a cuidar mecanicamente das irmãs. Os pais deram o caso por encerrado, tanto foi que nem notaram que a menina perdia peso.
Dois meses depois, apareceu pelo sítio um homem bem vestido. Dizia-se representante de uma empresa no ramo do agronegócio que estava adquirindo terras na região para plantar milho e soja. Pediu para botarem preço no sítio que eles comprariam.
Reginaldo pediu um tempo para pensar. O homem disse que voltaria na próxima semana.
O lugar virou um alvoroço! Todos os pequenos proprietários sonhavam pegar uma bolada de dinheiro, mudar para o Norte, comprar uma terra grande para criar gado. Virar fazendeiro.
    O pai de Marcela telefonou para o irmão que morava no sudeste do Pará, pediu-lhe uma opinião. O irmão foi favorável a venda.
_ Ponha preço bom na terra, homem. Esse povo anda é lavando dinheiro desviado nas falcatruas da política. Pode botar o dobro do preço que eles pagam. Nada, nada, esse teu sitiozinho ai se transforma em cinquenta alqueires de terra aqui. E tua ainda compra um gadim pra começar.
Reginaldo decidiu. Vendera a terra como o irmão havia aconselhado.
Ao saber que iriam morar na mesma cidade que a prima Ester, Marcela voltou à vida.
Foram dois meses até a transação se completar, arrumarem as coisas e subir o mapa rumo ao sudeste paraense. Morar em uma cidade de beira de estrada e virar fazendeiro.
A empolgação de Marcela não durou muito, pois ao chegarem à cidade de destino, encontrou a prima grávida de um namorado com quem estava agora morando junto.
Reginaldo, depois de sofrer com a poaca no verão, lama e atoleiros no inverno, descobriu que vida de pequeno fazendeiro naquela região tão conflituosa estava longe de ser o sonho que muitos visualizaram. Comprou, sem saber, uma terra grilada. Quando os trabalhadores rurais fizeram acampamento do lado de fora de sua cerca, foi que descobriu serem falsos todos os documentos que o antigo proprietário lhe passou. O caso foi se arrastar na justiça. Ele teve que se virar para não passar fome com a família.
A menina cresceu sufocando os sentimentos que tivera pela prima. Já adolescente foi que compreendeu que sentimentos eram aqueles. Quem lhe fez entender foi Marina, uma amiga da escola, com quem manteve um namoro, escondido de todos, por dois anos. Até que os pais de Marina descobriram o caso. Fizeram duras ameaças a Marcela. Ameaçaram contar tudo para os pais dela e fazer um escândalo na rua.
Marina, chorando, despediu-se. Disse que iria embora para São Paula. Ia morar com a avô e fazer faculdade.
Marcela ficou isolada e calada como da vez lá no sítio.
Foi por esse tempo que os vizinhos morreram em um acidente deixando uma filha três anos mais velha que Marcela e dois filhos gêmeos de sete anos de idade. Quando Marcela soube a vizinha órfã decidira ficar morando na casa e tomando conta dos irmãos e que estava precisando de alguém para ajudar cuidar das crianças.
As coisas foram arranjadas. E, como já sabemos, Marcela tornou-se cada vez mais intima de Rebeca.
***
_ Você não está, bem - dizia enquanto acarinhava os cabelos da amiga – se quiser eu posso dormir hoje novamente com você.     

VEJA 






quinta-feira, 29 de março de 2018

A VILA - Segundo Epsódio: Lugar da Noite Sem Fim

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AUTOR: A. L. Queiroz

O homem pôs-se a explicar o que acontecera.
- Esse lugar, onde vocês chegaram, não existe no mundo real. Quer dizer, existir existe, só que é como se fosse uma versão do mal de uma pequena cidade. A essas horas, os corpos de vocês duas devem estar em algum hospital da cidade, numa Unidade de Tratamento Intensivo, que a gente chama de UTI.
Sthefany parecia que ia perfurar meu braço com suas unhas de tanto apertar de medo. Ela tremia mesmo. Eu tentei me controlar para mostrar confiança a ela, ver se ela se acalmava um pouco. Eu havia aprendido que o medo faz aumentar o sofrimento, pois nos faz imaginar como reais coisas que não existem. Mas, confesso que aquela história começou a me sufocar.
O homem, após uma pausa para tomar uma golada de café, fazendo descer garganta abaixo um biscoito velho que mastigava, continuou.
_ Aqui parece um estado entre a vida e a morte. Vocês com certeza vinham observando esse local quando aconteceu o acidente. Tiravam fotos da paisagem pela janela do carro.
_ Sim, achávamos o lugar um pouco esquisito, por isso fazíamos umas selfies só para zuar do lugar.  
O homem fez gestos com as mãos e a boca, como quem diz “Então, foi isso. Não deviam ter feito”.
_ As mentes de vocês, ou seja, a consciência, foram capturadas por essa criatura terrível, vingativa, que chamamos de bruxa. Achamos que é um demônio que escapou de outro lugar e resolver criar aqui, nesse entremeio, o seu reino particular de horrores. Quando os corpos desfalecerem de vez, lá na vida real, suas consciências, isto é, as suas projeções nesse mundo, desaparecerão.
_ E vai para onde?
_ Ah, isso não sabemos ao certo. A gente sempre ouviu falar em céu, inferno; mas ninguém sabe o que isso realmente quer dizer. O certo é que vamos para algum lugar depois daqui.
Houve um perturbador momento de silêncio, quebrado pelo barulho de bater de asas como ouvimos quando estávamos na rua.
O homem olhou-nos confiante e dizendo para não nos preocuparmos, pois a criatura não entraria ali.
Eu quis saber como ele sabia de tudo aquilo.
_ Alguns, disse ele sem alterar um gesto reflexivo parecendo olhar no infinito, possuem visões do mundo anterior, da vida lá fora, o mundo real. As visões são sempre as mesmas. Estamos deitados em uma cama, ligados a vários equipamentos, reconhecemos pessoas ao nosso redor. Quando tentamos fazer contato com essas pessoas, a bruxa nos traga novamente com seu poder maligno e voltamos para onde estávamos. Assim vai indo. Nosso corpo vai ficando fraco, debilitado. Vamos enfraquecendo aqui também. Chega um momento que não aguentamos mais caminhar, nem segurar as coisas. A nossa consciência aqui, é uma projeção de nosso corpo debilitado lá no mundo real. O desaparecimento aqui, acontece quando o corpo morre lá, do outro lado.
De repente, Sthefany caiu rolando no chão segurando fortemente a sua cabeça com as mãos. Eu me joguei por cima dela, desesperada, tentando entender o que acontecia.
_ Ah, eles estão operando o corpo dela. Com certeza ela sofreu traumatismo craniano. Estão, inutilmente, tentando salvá-la. Como eu disse, ninguém consegue sair daqui.
Sthefany gritava e se contorcia.
_ Minha amiga, eu vou te ajudar, se acalme!
O homem mantinha o mesmo ar reflexivo, tragando lentamente seu café que nunca acabava.
_ Não há nada que possamos fazer, minha querida. Se lá no mundo real a cirurgia der certo, ela ficará bem, aqui. Se não der...
_ O que acontece?
_ Se não der certo, ela desaparecerá.
Ela perdia sangue. Muito sangue saia de suas narinas, pelos couro cabeludo. Seu corpo fora ficando frio, gelado. Eu entrei em desespero mais uma vez e comecei a chorar abraçada a minha amiga. Pedi um pano com o qual pudesse limpar o rosto dela. O homem estendeu-me as mãos com algumas toalhas. Parece até que já aguardava meu pedido.
Depois de quase umas três horas, sei lá! Finalmente ela parou de sangrar. Parecia dormindo. Assim ficou por um longo tempo. O homem ensinou-me como usar a velha espingarda. Disse que precisava sair um pouco. Resolver algumas coisas e ir em busca de alguma coisa para comermos. Deu-me alguns lençóis e travesseiros para eu ajeitar Sthefany.
_ Durma, descanse, disse-me com um leve riso no canto da boca.
_ Ainda demora para amanhecer nesse lugar, moço?
Ele havia terminado de por uma capa escura e um chapéu preto.

_ Se demora a amanhecer? Repetiu minha pergunta com um certo ar de deboche. Aqui nunca amanhece, minha querida. Aqui é o lugar da noite eterna. Saiu batendo a porta e gritando para eu colocar a travanca.

quarta-feira, 28 de março de 2018

A VIDA DE GABRIEL



AUTOR: GUILHERME PARENTE

Tudo começou em um dia que um garoto chamado Gabriel foi embora para casa de seu pai. Chegando lá o pai lhe falou:
_ Filho, há quanto tempo! Como você vai? Senti sua falta.
O filho respondeu:
- Oi, pai, a benção. Senti sua falta também. Estava morrendo de saudades do senhor.
O pai, contente com a chegada do filho, lhe recomendou:
_Vai arrumar suas coisas e descansa um pouco. A viagem foi longa. Então o garoto obedeceu ao pai e após ter organizado suas coisas no quarto, deitou-se e foi dormir, pois era noite.
No dia seguinte, seu pai convidou alguns vizinhos e amigos para conhecer seu filho que havia chegado. Gabriel cumprimentou todos ao seu redor, mas, então, vê uma garota de cabelos longos, olhos castanhos claros, de um metro e cinquenta e cinco, muito bonita. Ele se apaixonou por ela. Ela chegou nele com a fala mansa, mas ele era tímido. Ela é quem toma a iniciativa:
_ Qual é o seu nome?
_ Ora, deixa eu me apresentar. Eu me chamo Gabriel. E você?
Ela respondeu:
_ Chamo-me Maria Vitória e tenho quatorze anos. E você, quantos anos tem?
_ Ah, eu tenho quinze, respondeu ele.
Então Gabriel se despediu dizendo que tinha que ir comprar umas roupas e umas coisas. Ela perguntou:
_ Posso ir com você?
_ Pode. Claro! Vamos?
Eles vão conversando, se conhecendo. Ela ia lhe apresentando lojas e supermercados.
Maria Vitória mais uma vez tomando iniciativa diz-lhe que está gostando dele. Ao que Gabriel responde:
_ Eu me apaixonei por você desde hoje pela manhã, quando eu te conheci. Quero ser mais que teu amigo, quero ser teu namorado. Ou até mais, talvez nos casar e sermos felizes.
Com uma certa tristeza no olhar, Maria Vitória disse:
­_ Se fosse por mim, nós começávamos agora, mas o meu pai e minha mãe não deixam.
_ Mas, se nós namorássemos escondidos, se eu conhecesse seus pais?
Depois disso, passaram-se três meses. Eles estavam em uma sorveteria chamada Saimon Sorvetes. Eles estavam indo embora, quando de repente um carro bate em cheio em Maria Vitória. Gabriel pediu socorro. Alguns minutos depois a ambulância chegou. Ela foi levada para um hospital. Sangrava muito.
Algum tempo depois, o médico aparece e dá a triste notícia:
_ Ela não resistiu e faleceu.
Gabriel cai na lágrima e sai correndo para sua casa e se mata. Só ficou seu pensamento:
“Se não for para ficar com ela na vida, então ficarei na morte”

AUTOR: GUILHERME PARENTE
ALUNO DO 8º ANO
EMEF FELIPA SERRÃO BOTELHO
MARABÁ-PA


SIM OU NÃO?

         
AUTORA: WELIDA OLIVEIRA DA SILVA

 Havia um garoto de dezoito anos que se chamava Artur. Ele morava na Bahia e gostava bastante de estudar lá. Ele era um dos melhores alunos da turma, por isso fora escolhido para estudar em outra cidade com tudo pago. A cidade se chamava Doce Horizonte.
          Mas, ele disse, com muita paciência e alegria:
          _ Eu só irei se meus pais forem.
          Seus pais se chamavam Luama e Augusto. 
          Então seus professores lhe disseram:
          _ Arthur, deixaram seus pais irem com você para Doce Horizonte. 
                Com muita alegria ele deu um abraço em cada um dos professores, que não conseguiram segurar as lágrimas. Correndo ele foi para sua casa. Chegando lá com um grandioso sorriso no rosto, ele abraçou seus pais e disse-lhes:
                   _ Vocês vão juntos comigo para Doce Horizonte. 
                   Seus pais lhe deram os parabéns.
                   Duas semanas depois, eles já estavam todos prontos para embarcarem para essa grandiosa aventura.
                  Augusto disse para seu filho:
                  _ Ai, filho, estou muito feliz por você.
                  _ Obrigado, meu pai. Muito obrigado. Eu também estou muito feliz.
                  Eles embarcaram no avião e fiajaram muito bem.
                  Chegando em Doce Horizonte pegaram um táxi e foram para um hotel. Da varenda do hotel, Arthur gostava de ficar olhando para a paisagem, elogiando tudo e tirando várias fotos com seu smartphone. 
Depois de um mês de aula, ele conheceu uma garota chamada Vitória. Ela a achou muito bonita. Arthur foi para casa, deitou-se na cama e ficou pensando, e disse para si mesmo:"Será que eu devo chamá-la para sair? Será?" Até que decidiu chamar sim. No outro dia, depois da aula, ele estava conversando com ela sobre a aula.
                _ Hoje a aula de ciências foi muito legal, disse Arthur.
                _ Sim, foi muito boa sim, confirmou Vitória.
                Ela era uma garota muito esperta, brincalhona, divertida, alegre e muito feliz. 
                _ Você gostaria de ir comigo hoje andar pela cidade? perguntou Arthur.
                  _ Ai, hoje não vai dar, disse Vitória abaixando a cabeça.
                  _ Pois tudo bem, então.
                  _ Mas, pode ser amanhã, após a aula.
                  _ Tudo bem, pode ser sim, disse Arthur com um sorriso no rosto.   
                  Foram cada um para suas casas. 
                  Arthur chegou muito feliz e sorridente para dar a notícia aos seus pais.
                  _ Estou apaixonado e ela vai sair comigo amanhã.
                  Sua mãe lhe disse, com muita sinceridade: 
             _ Olha, meu filho, não se esqueça que você veio para esetudar e não deixe de estudar para namorar não, ouviu?
               _ Eu sei, minha mãe, nós iremos sair; mas sempre estarei falando sobre os estudos e eu não   vou deixar de me interessar pelos estudos. Pode deixar.
                 No dia seguinte, eles saíram pela cidade. 
                 _ Nossa, aqui é muito lindo! disse Arthur.
                 _ Sim, aqui é muito legal sim, confirmou Vitória.
                 Eles andaram bastante, lancharam, contaram piadas e falaram sobre estudos. 
                 Na volta, Arthur deixou Vitória na porta de sua casa. 
                 _ Tchau, Vitória, amanhã nos vemos na escola.
                 _ Tchau, Arthur, até amanhã. Ela deu-lhe um beijo na bochecha. Ele saiu com um grande sorriso muito feliz. 
                No outro dia, na escola, no começo da aula, ao se verem, conversaram sobre o passeio. Até que Arthur decidiu contar à Vitória que estava muito apaixonado por ela. Disse gaguejando: 
                _ Você quer namorar comigo?
                Vitória respondeu com um grandioso sorriso:
                _ Sim, mas é claro que sim.
                Então eles se beijaram e todos da escola viram o bateram palmas e começaram a gritar. 
                 Daí por diante, depois namoraram por um bom tempo. Depois de formados, casaram-se e viveram felizes para sempre em Doce Horizonte.  
        

AUTORA: WELIDA OLIVEIRA DA SILVA
ALUNA DO 8º ANO A - EMEF FELIPA SERRÃO BOTELHO
MARABÁ - PARÁ

terça-feira, 27 de março de 2018

AMOR ETERNO


Barbará Valente e Viviane Licá 
Havia uma menina chamada Vivian. Sua vida era infeliz porque seu pai e sua mãe eram ambicioso. Eles queriam que ela se casa-se com um homem chamado Rudson. Ele era da alta sociedade. Era médico. Mas, o amor não precisa vir atrelado a títulos e posições social. Vivian não gostava dele, apesar disso, seus pais a obrigava assumir um compromisso com ele. 
Um dia, chegando do trabalho, ela encontrou Rudson com outra mulher na cama. Então, indignada com aquela situação,Vivian perguntou logo:
- Qual é seu nome, vadia?
-Vadia não, meu bem , em primeiro lugar, meu nome é Emilly Keyte!  
 Naquele momento, Vivian saiu do quarto, pegou o seu carro e saiu chorando com muita raiva.  Chegou a sua casa, arrumou-se e foi para a balada. Chegando lá conheceu o garoto mais belo que ela já tinha visto. Ele se chamava Glauber. Ai, encontrou seu verdadeiro amor.
Nove meses depois eles se casaram e se tornaram o casal mais belo do bairro.
Um dia, quando Vivian estava indo para seu trabalho, ela dirigia normalmente, quando um caminhão bateu no seu carro e ela foi sacada fora do veículo  e bateu sua cabeça. Rudson e Emily Keyte estavam passando na hora do acidente e reconheceu que era a Vivian e foi rapidamente socorre-la. e cuidou dela com maior carinho. A namorada do Rudson, Emily Keyte, ficou morta de ciúmes.
Glauber chegou desesperadamente ao hospital e o médico deu a triste noticia que Vivian tinha perdido a memória.  Quando Vivian saiu do hospital, foi diretamente para a casa de seus pais Myrella e  Allison. A mãe de Vivian combinou com Rudson para fazer Vivian voltar com ele .No dia seguinte, a mãe da garota encheu sua cabeça e a garota ficou apaixonada pelo Rudson , mas foi bem na hora que  Glauber chegou  e mostrou suas fotos de casamento e ela lembrou-se de tudo e Glauber  pediu ela novamente em casamento. Eles viveram felizes para sempre.



sábado, 24 de março de 2018

BRINCANDO COM A MORTE


Fonte: google imagem (editada)


AUTORAS: Maria Eduarda da Silva e Larissa dos Santos


Em certo dia, uma menina chamada Sophia estava animada para acampar com seus amigos, cujos nomes eram Lúcia,Lana,Lucas e Diego. Assim, eles foram à fazenda do pai de Lúcia para comemorar o aniversário de Lucas. Chegando lá, eles foram se divertir. Resolveram fazer uma brincadeira que Lana havia ouvido de seus colegas de escola. A brincadeira se chamava “A morte ouve”.
Começou assim:
_Vamos dar as mãos uns aos outros, disse Lana, e chamar  Maria. Assim “Maria, apareça esse dia!”.
Diego, meio assustado com a brincadeira, falou:
                  _ Gente, vamos dormir, essa brincadeira não vai dar em nada. Todos foram dormir. No dia seguinte, eles foram tomar banho em um lago que ficava perto da fazenda. Lúcia começou a ficar tonta quando olhou para o lado e viu uma menina de vestido branco, laço na cabeça e toda ensanguentada. Ela começou a se desesperar. Todos pensavam que era mentira da menina quando ela informou ser a primeira menina que realizou aquela brincadeira e morreu alguns dias depois.                                                   
Chegando a noite, foram assistir a um filme, quando de repente o filme começou a ser interrompido, as luzes se apagaram e os vidros das janelas se quebraram! Todos correram para o quarto. A porta se fechou. Separaram-se gritando. O caseiro havia saído. Foi quando a Maria apareceu para matar todos, dizendo:
-Voltei para matar todos que duvidaram da minha existência! HA, HA, HA!!
 Minutos depois, ela sumiu, o filme voltou e as luzes se acenderam.  Na parede restou um recado deixado por Maria.

EU VOLTEI! HA, HA, HA!!!!

AUTORAS: Maria Eduarda da Silva e Larissa dos Santos

ORIENTAÇÃO E CORREÇÃO

Aurismar Lopes Queiroz

sexta-feira, 23 de março de 2018

O AMOR


Fonte: google imagem

AUTORAS:Maria Bianca da S. Santos e Rebeca A. Barbosa


Um dia uma menina chamada Emely foi em uma viagem para a fazenda do seu tio. Quando chegou lá, a primeira coisa que ela ia fazer seria andar a cavalo.
Bem, a menina era muito bonita e já tinha 18 anos. Ela foi cavalgar, mas antes dela voltar para casa começou uma tempestade e ela começou a cavalgar mais rapido; porém o cavalo se assustou com um trovão e a derrubou. Quando a coitada se levantou, uma cobra venenosa rapidamente a picou.
O filho de um fazendeiro vizinho, que estava voltando para casa em seu cavalo, a avistou caida no chão, desmaiada. Ele pulou de seu cavalo e correu até a garota. Pegou-a no colo e a levou para sua casa. A mãe do menino cuidou bem dela. Pouco tempo depois, ela acordou e viu o garoto todo ensopado ao seu lado. Ele se chamava Thiago. Era muito gato! Tinha olhos verdes, cabelos lisos. Ele tinha 20 anos. A menina se apaixonou por aquele belo garoto. 
Ele lhe perguntou:
_Você está bem, bela dama?
Ela ficou sem reação e respondeu:
_Graças a você estou sim.
Ela disse que precisava ir para sua casa, se não o tio dela, que já estava velho, ia se preocupar. O garoto fez questão de levar Emely para casa e a deixou na porta de sua casa e disse:
_Qualquer dia a gente se ver novamente.
Todas as meninas da fazenda ficaram de olho no garoto.
Tempos depois, chegou uma patricinha por lá. Quando viu o garoto, ela já pensou:
_Aquele é meu, não quero nem saber!
No entanto, Emely já estava namorando Thiago. Só que a patricinha não estava nem ai. Certo dia, a patricinha foi conhecer o Thiago e, quando viu Emely se aproximando, beijou o menino a força. Emely, na hora que viu aquela cena, correu para cima da patricinha. As duas começaram a rolar no chão, se descabelaram todinha! Emely deu uma taca na menina e deixou ela pelada e roxa. Quando Thiago foi se explicar, ela deu um tapa na cara dele. 
Mas, Emely queria pagar com a mesma moeda. Certa noite, quando o garoto foi à casa dela, ela estava aos beijos com um de seus amigos. Ele ficou muito triste e saiu. A menina o viu e se sentiu culpada.
No dia seguinte, ele estava a beira do rio pensando.Ela estava observando quando ele viu o reflexo dela na agúa e disse:
_Você e muito vingativa. Eu não tive culpa daquela menina me beijar de surpresa.
Ela, calada e sem jeito, quando ele se levantou para ir embora, o puxou e o beijou. Eles se reconciliaram. Todavia, a patricinha estava ouvindo tudo e queria vingança. Então, ela chegou ao rio e tirou a roupa e entrou na água; mas para o azar dela a água estava cheia de sangue-suga que picou a bunda dela.
Emely foi para a cidade com o Thiago.  Eles se casaram e tiveram dois filhos.
          


AUTORAS:Maria Bianca da S. Santos e Rebeca A. Barbosa
ORIENTAÇÃO E CORREÇÃO
Aurismar Lopes Queiroz


AMIZADE QUE VIROU AMOR


AUTORAS: Maria Edarda Martins e Emilly Keyte

Fonte: google imagem

      Havia  uma  menina que não tinha amigos, na sua escola ninguém  gostava  dela porque ela era muito tímida e não falava com ninguém. Um dia chegou um menino novo na escola. Logo que ele chegou, recebeu uma reclamação da professora. Alguns dias depois, a professora passou um trabalho em dupla. A menina ficou sem ninguém para formar dupla. Então o  menino novato chamo a garota para fazer o trabalho com ele.
       Ela aceitou e abriu  um lindo sorriso. O garoto percebeu que ela tinha um lindo sorriso, e falou:
          _ Nossa, seu sorriso e´encantador.
         A menina, sem jeito, respondeu:
          _ Obrigada. 
       Depois disso passaram a fazer trabalhos sempre juntos. Eles dois formaram uma amizade linda e perfeita, mas ele começou a fazer outras amizades. A menina simplesmente ficou com muitos ciúmes. Ela percebeu  que aquilo que estava em seu coração era amor. Só que ela nunca admitia o que estava sentido em se coração.
       Ele começou a namorar com  uma amiga da garota. Ela ficou muito constrangida e sentiu que aquela amizade especial tinha acabado. Então ela começou a namorar com o seu colega de classe para provocar ciúmes ao se amado. 
       Depois desse dia, a amiade deles dois foi enfraquecendo. Passou-se uns dias para ele perceber que ela estava sentindo ciúmes. Decidiu tentar conversar com ela, mas ela não queria conversar com ele. Depois de algns dias sem conversa, ele resolveu terminar o namoro com sua colega porque aquela amizade deles era muito importante. Ela percebeu que aquela menina era se verdadeiro amor. Ela terminou com seu namorado e eles voltaram a amizade. Depois de algum tempo eles começaram a namorar. Passou anos e finalmente eles dois se casaram, tiveram muitos fihos e viveram juntos para sempre. A amizade verdaderia pode virar amor e esse amor é o mais perfeito, mais lindo, e principalmente é um amor eterno. 



Maria Edarda Martins e Emilly Keyte
Alunas do 8 º ano 
EMEF Tancredo Neves - Marabá -PA

ORIENTAÇÃO E CORREÇÃO
Aurismar Lopes Queiroz


segunda-feira, 19 de março de 2018

A ESCOLA DO TERROR


Fonte: google imagem
AUTORA: Bárbara Dutra Valente e Viviane Licá Silva


Havia um garoto que se chamava Joaquim. Ele estudava à noite e sempre chegava cedo para bater um papo com o porteiro. Um certo dia, o porteiro contou a história da escola para o garoto:
- Vou lhe contar uma história, Joaquim. 
- Conta, tio. Disse o garoto animado.
- Na década de 70, nesse local, havia um cemitério, principalmente, de pessoas da cadeia, suicídios e mortes. Em 2001, o prefeito teve a ideia de remover o cemitério para construir uma escola, que foi inaugaruda em 02 de novembro de 2002. Os estudantes que estudam aqui diziam que ouviam vozes. Eu trabalho aqui já tem cinco anos e não sei se é da minha cabeça, mas escuto muitas vozes.
- Nossa, tio! Será que essas histórias das vozes é verdade?
- Não sei, Joaquim, mas escuto muitas vozes.
- Tchau, tio. Deixa eu ir para sala já bateu o sinal. 
Em certa hora, inesperadamente, as luzes se apagaram e a porta se fechou. Então, todos os alunos começaram a entrar em pânico e escutar uma voz dizendo: 
- Vocês me pagam, não mandei tirar o meu túmulo daqui! 
Inesplicavelmente, as janelas se explodiram e as luzes voltaram ao normal. Então, o porteiro entrou na sala e falou: 
- Eu sou o primeiro homem que foi enterrado aqui, ha, ha, ha, ha!!!
Então, transformou-se no pior fantasma que você ouviu e imaginou. 
Ele se irou tanto que chamou seus amigos: Anabelle, Thock, Loira do Banheiro e a Freira. 
- Vão, meus amigos, cada um para cada fileira!
Todos os alunos morreram, o único que sobrou vivo foi decaptado. Os fantasmas sumiram e continuaram sua vingança. E, ai, ficou o mistério: quem matou os alunos?




AUTORA: Bárbara Dutra Valente e Viviane Licá Silva
Alunas da turma do 8º Ano, EMEF Tancredo Neves
Marabá- PA
ORIENTAÇÃO E CORREÇÃO
Aurismar Lopes Queiroz






sábado, 17 de março de 2018

ENTRE DEUSES E DEMÔNIOS


Fonte: google imagem

AUTORA: Dalila Fábian
No princípio de tudo, quando nada existia, o espírito do poderoso Mercótio estava solitário. Então, criou um ser tão poderoso quanto ele para ser sua parceira. Ela era chamada Isis. Junto a Mercótio criou o chamado céu. Para cuidar do céu, fez guardiões. Eles tinham asas poderosas e uma beleza inestimável. Eram chamados anjos. Mercótio criou um espelho mágico. O espelho do futuro via tudo que aconteceria. Um dia, ele viu que um anjo se voltaria contra ele. Então Mercótio o puniu criando outro lugar chamado Inferno. Esse lugar era assustador. Lá havia monstros chamados demônios. O anjo passou a ser chamado de Necrônio.
Enquanto isso Mercótio e Isis tiveram um filho e o chamaram de Cairo. Mercótio criou então outro lugar chamado Terra. Daí fez os animais e um ser feito de carne, para esse, chamado homem, fez uma mulher e juntos povoaram a Terra.
Necrônio sabendo disso ficou com ódio e abriu um portal libertando-se e libertando os demônios. Assim, com a Terra povoada, Necrônio e os demônios fugiram para a Terra e começaram a contaminá-la com a maldade. Mercótio, quando soube, teve uma ideia. Esperou o seu filho Cairo se tornar um jovem deus e destruir Necrônio e os demônios.


Fonte: google imagem

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Então, o jovem Cairo liderou um exército de anjos e lutaram contra os demônios vencendo a guerra. Destruíram Necrônio e os demônios. E, finalmente, a Terra voltou a ser um paraíso.  











AUTORIA: Dalila Fabian M. dos Santos, 7º ano A, EMEF Felipa Serrão Botelho. Marabá, PA.
CORREÇÃO E ORIENTAÇÃO: Aurismar Queiroz


COVARDIA DE STEVAM




Fonte: google imagem

AUTORA: Tauany Silva Costa


Num lugar muito distante, havia um deus que era muito poderoso. Ele se chamava Stevam. Ele era muito ruim não existia ninguém que morasse lá no meio do nada. Ele viu um pedaço de carne no chão, decidiu ver o que tinha debaixo do pedaço de carne. Então era um pedaço de carne. Então, era um pequeno galho enfiado debaixo da carne. Ele tinha um poder que ninguém tinha. Então, ele decidiu criar um deus que o adorasse e fizesse as coisas para ele. Decidiu criar mais deuses. O primeiro deus que criou foi o que lavava o seu pé. Depois ele criou uma mulher. Então ele decidiu colocar um nome nela e um nome nele. Os dois se chamaram Aguiar e Exafa. Os dois eram como irmãos. O deus os criou para lhes servir por toda a eternidade. Criou cem por cento de seu reino.
Ele criou quem fizesse comida, mas para ter comida era preciso comprar, mas lá não precisar comprar. Então ele criou humanos para lhe servir. Eles todos se chamariam escravos. Então eles trabalharam muitos e muitos anos, até que o seu preferido escravo morreu. Um escravo precioso que lhe serviu muitos anos, mais de cem anos. Mas, não sabendo ele que havia um humano que apareceu no meio do nada. Ele procurava um lar para morar, mas não encontrou. Então ele foi para um reino bem distante da mata imensa. Mas não sabendo que lá perto da mata tinha um lugar muito estranho, onde havia cabeças jogadas no chão. Ele seguiu e viu muitos corpos pendurados em troncos. Não sabendo que lá havia um terrível monstro que se chamava Inveja.
Ele já havia planejado matar o rei das estrelas. Ele nunca dormia. Nunca ficava desatento. Por isso ele colocava guardas perto da janela, perto do jardim, que ele tinha, para ninguém chegar perto, a não ser os escravos com alguma notícia ou uma resposta. Mas, alguém chegou lá falando que tinha uma nova pessoa.
- Mas quem será que está lá para me esperar? Então, mande entrar.
Entrou um homem de camisa com uma bolsa e lhe perguntou:
- Como é o seu nome? Perguntou o rei, Stevam.
- Meu nome é Juan Antônio Borges, sou um feiticeiro e vim pra servir ao senhor com tudo o que precisar.
Então, o rei mandou um garoto levar ele até os aposentos reais. Então ali ele descansou, mas passou um dia e ele pensou em ir lá naquele lugar onde ele tinha visto aquelas pessoas penduradas em fortes ganchos. Quando ele chegou, não havia mais pessoas lá. Não sabendo ele do que as pessoas estavam que sumindo eram pegas para serem mortas e seus sangues eram para preparar fortes porções que deixava o rei paralisado, sem nem poder falar. Escreveu um pequeno bilhete que foi enviado para a feiticeira fazer uma porção que o deus voltasse a falar e andar, mas a feiticeira não fez a porção. Ela foi fazer uma porção verde que chamava de líquido tônico verde que se espalhou pelo seu imenso castelo e matou todos, menos os escravos que trabalhavam na agricultura e na lavoura. No entanto, o feiticeiro mandou uma carta para o seu verdadeiro rei que se chamava Afonso Mendes. Então ele libertou todos os escravos de STEVAM e colocou novos escravos e foi para sempre fiel a seu reino e todos ficaram bem e a maldita e tenebrosa alma de Stevam. O seu verdadeiro nome era Satanás. 






AUTORIA: Tauany Silva Costa 7º ano A
EMEF Felipa Serrão Botelho.
CORREÇÃO E ORIENTAÇÃO: Aurismar Queiroz




domingo, 4 de março de 2018

RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME CORALINE DO PONTO DA PSICANÁLISE


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ASSUSTADOR OU EDUCATIVO?



Aurismar Lopes Queiroz

O filme em desenho animado Coraline e o Mundo Secreto é uma adaptação para o cinema da obra literária Coralinede Neil Gaiman. Coraline, a personagem principal que dá nome à obra, é uma garotinha de 11 anos, que muda com os pais para uma misteriosa cidadezinha. Nesse local, Coraline viverá fortes emoções que lhe propiciarão mudanças internas.
Do ponto de vista da psicanálise, Coraline vive o estágio da vida na qual acontece o fim do período de latência do complexo de Édipo. É o início de um novo período de conflito com relação aos pais, a fase da pré-adolescência. Durante esse período, o sujeito sente o desejo de ter novamente a atenção dos pais. Quer ser novamente o centro das atenções. É justamente esse o conflito vivido por Coraline quando chega a sua nova residência, o Pink Palace apartaments, uma velha mansão de 150 anos, composta por vários cômodos e muitas portas e janelas. Em sua inútil tentativa de buscar diálogo com os pais, que apesar de trabalharem em casa, pouca atenção, ou nenhuma atenção, dispensam a ela, recebe o conselho do pai para explorar a casa. É durante essa exploração que Coraline descobre uma pequena porta, que após ser aberta por sua mãe, vê-se que está selada por tijolos. Foi ainda durante esse dia que Coraline conheceu Wilbert, um garoto que está sempre acompanhado por um gato preto. Esse animal funcionará na narrativa como uma espécie de superego da menina. Coraline recebe desse garoto um estranho presente: uma boneca com as feições dela. 
Nessa noite, logo após se deitar ela tem uma espécie de sonho, onde ver camundongos saírem da parede que isolava a saída da pequena porta. Ao seguir esses animais, ela percebe que no lugar dessa parede de isolamento, abriu-se uma espécie de portal que lembra um útero. Maravilhada ela adentra no portal que a leva a uma realidade paralela. Essa realidade é o reverso do que ela vive no Pink Palace.
Logo de entrada sente um delicioso aroma de comida que toma conta do ambiente, em contraste com a gororoba que seu pai cozinhava todos os dias no Pink Palace. Quem prepara a comida nessa realidade paralela é sua mãe, ou sua outra mãe. Essa mãe é a projeção do desejo de Coraline, é a ação de seu Id[1]. Ela é amavelmente acolhida. Tudo estaria perfeito não fosse um detalhe, essa pessoa, sua outra mãe, possui botões costurados no lugar dos olhos. Seu pai, ou seu outro pai, apresenta-se como um homem alegre e descolado, mas também possui botões no lugar dos olhos. Depois de alimentada a garota é convencida a dormir no local. A mãe passa uma lama em um ferimento que Coraline teve em uma das mãos. Quando acorda, ela está novamente de volta à sua cama na vida real, o portal está novamente fechado, tudo parece ter sido um sonho, porém o ferimento na mão havia sido curado.
Após seguidas excursões a outra realidade onde todos os seus desejos são realizados, Coraline se vê diante de uma decisão a ser tomada. Para continuar a viver naquele mundo perfeito, onde a mãe é perfeita, onde o pai é perfeito, onde tudo é belo, ela precisa costurar dois botões em seus olhos. Essa é uma imposição de sua outra mãe que assim justifica: “Logo você vai ver as coisas do nosso modo”. A partir daí o gato banha destaque, pois ele transita livremente nas duas realidades e será uma representação de Ego[2]. Nessa realidade paralela ele fala e vai mostrar a Coraline que aquele é um mundo criado por sua outra mãe especialmente para ela, Coraline. É um mundo pequeno que vai ao máximo ao redor da casa. Muitas idas e vindas vão acontecer até que Coraline consegue se livrar dessa mãe, que ao ser contrariada transforma-se em um monstro.
O que podemos analisar dessa narrativa? Coraline, como já dissemos, é uma adolescente em conflito que deseja ter novamente os pais “perfeitos” que imagina ter tido na primeira infância. Esses conflitos podem surgir na vida do adolescente em consequência da concorrência com outros irmãos, ou pela falta de tempo dos pais. A “mãe perfeita” da realidade paralela é aquela mãe super protetora, que prende o filho, ou a filha, em sua própria realidade, ou em seu mundo. Do ponto de vista da psicanálise esse fato pode atrapalhar o desenvolvimento da autonomia do sujeito. Por outro lado, a mãe “perfeita”, quando contrariada, poder um monstro que a criança evita.
Coraline e o mundo secreto (o filme) tem todos os ingredientes dos melhores contos de fadas contemporâneo. Tem o mundo em que fantasia e realidade se misturam. Tal como em Alice no país das maravilhas, são os elementos do mundo real que são transpostos para o mundo da fantasia. A passagem para o mundo fantástico lembra As crônicas de Nárnia.
Por isso, as crianças que assistem ao filme sentem um misto de pavor e encanto. Talvez o encanto venha pela identificação com a personagem. Afinal, os conflitos pelos quais passam os adolescentes nessa fase em que saem do estágio de letargia e tem pela frente o novo e desconhecido mundo da autonomia que a pessoa conquista.




[1] O Id, segundo Freud, é a fonte de todo o nosso desejo.
[2] O Ego, para a psicanálise de Freud, é a nossa razão.